A escultura de Alayde de um copo de mulher sobre o qual surgem mais dois, um masculino e feminino em interação, suscita uma pensar sobre como os seres humanos, queiram ou não, são sociais e, em suas existências, se apoiam, ajudam, dialogam e se mantém em pé. Por mais que, às vezes, exista um sentimento ou um desejo de solidão, todas as pessoas são parte de uma mesma caminhada existencial. Se, como mostra a imagem, elas podem ser carregadas pela nossa força de vontade e resiliência, também são uma motivação emocional e um alento afetivo para prosseguir. Aqueles que portamos são os que nos ajudam a viver, e os que são carregados se articulam e se seguram na mesma linha da vida. Como ocorre na escultura, que só funciona com todos os elementos integrados, cada vida se consolida pelas suas relações internas e com os outros. Daí, cada um, individualmente e em conjunto, tira a sua força.
Oscar D’Ambrosio