Perguntar o significado da vida é algo que o ser humano faz desde o início dos tempos. Difícil determinar quando esse questionamento começou. As obras de Ariane Krelling tratam dessa questão sem a dor característica do romantismo do século XIX, mas com cor e alegria. Dentro da sua poética, ela mostra como nossa jornada pode ser bela, se harmonizada com o que o cotidiano tem de melhor. Nesse sentido, traz, na imagem que ilustra este post, o palpitar de corações, a beleza do corpo em suas múltiplas possibilidades de posições e imagens que lembram quebra-cabeças se encaixando. A quantidade infinita de casas, que aponta para a importância da relação com o outro, e a forma de espiral, acompanhada por anjos, ressaltam o sentimento de que se conectar a si mesmo, mas sem desligar do mundo, é um caminho para gerar uma arte feliz, que aponte que somos parte do todo que nos cerca.
Oscar D’Ambrosio