Pílula visual: Dinâmica infinita
Uma questão essencial quando se pensa em arte está no diálogo com os referentes do mundo real, que se tornam imagens por meio das mais variadas técnicas. Paulista, a artista visual e arte educadora Edna Canoso (@ednacanoso), que ministra aulas no Ateliê Poéticas do Traço e na Casa do Restaurador, desenvolve uma obra poética em que toma, por exemplo, a natureza como índice para uma jornada em que realiza xilogravuras com transparências em papel de arroz e papel de seda.
A sua linguagem se dá pela discussão de como as imagens que apresenta guardam resquícios de memória do tempo. Nesse sentido, a placa da xilogravura é um espaço para exercitar o gesto criativo. Nesse aspecto, as transparências são justamente o universo em que o velado, embora escondido, permanece presente. As placas e os papéis guardam histórias de sua origem natural que se somam ao ato de gravar e de imprimir numa infinita dinâmica que torna infinitas as possibilidades de pesquisa visual.
Oscar D’Ambrosio
