Quando se pensa em células, se buscarmos uma definição formal, encontraremos algo na linha que as define como as menores unidades estruturais e funcionais dos seres vivos, constituídas fundamentalmente de material genético, citoplasma e membrana plasmática. No entanto, quando esse assunto surge nas obras de Gina Castelo Branco, somos levados a uma outra dimensão. Geralmente regidas por tonalidades de azul, seus trabalhos relacionam essas partículas minúsculas, impossíveis de enxergar a olho nu, como seres vivos plenos de intensidade que são fundamentos da vida. Tornam-se autênticas explosões de saberes e possibilidades. Os trabalhos apresentam uma intensa dinâmica, em vórtices que carinhosamente nos absorvem e levam para portais internos e externos com a força que a arte propicia em suas manifestações mais autênticas. Assim, a criação visual se torna uma manifestação criativa do ato de estar e participar ativamente do mundo.
Oscar D’Ambrosio