A arte tem um imenso poder de transformação. As obras de Gêiza Barreto apontam justamente como esse tipo de mudança interior é possível. Um primeiro passo está no desenvolvimento de um trabalho regido pela intuição e pela emoção. A elaboração de uma obra surgiria exatamente desse diálogo entre aquilo que se deseja dizer e o que se atinge de fato, pois o processo criativo passa por essa jornada interna para materializar algum tipo de expressão. Nas artes visuais, existe um diálogo complexo entre as referências de cada um, a técnica que se desenvolveu para atingir o que se almeja e o objetivo que se busca. Feita a obra, existe ainda um outro processo, o da cumplicidade conseguida com o observador, sujeita a infinitas e insondáveis variáveis. Portanto, os trabalhos de Gêiza Barreto se dão justamente nesse espírito de conectar, ligar e religar pessoas, algo que o poder transformador da arte estimula.
Oscar D’Ambrosio