A vida e a morte estão ligadas de maneira inexorável. Uma não existe sem a outra. A pintura de Regina Sganzerla Pires (@reginasganzerlapires) sobre o tema evidencia esse aspecto ao ter como eixo central o símbolo do infinito. Colocado na posição vertical, funciona como uma simbólica ampulheta a reger a existência. Estão ali diversos símbolos, muitos deles relacionados com o tempo, com destaque para a escada, que aponta para um movimento ascensional, mas principalmente para as transformações que a passagem de cada segundo gera. Dessa maneira, nessa onipresente metamorfose, cada um vai construindo a sua estrada. As variáveis dessa caminhada são imensas. Cada um vai escolhendo e sendo escolhido pelas possibilidades, numa dinâmica permanente e infinita em que vida e morte estão sempre se relacionando e nos transformando.
Oscar D’Ambrosio