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Pílula Visual: Cidades imaginárias

Pílula Visual: Cidades imaginárias
07/11/2020

O diálogo entre o espaço urbano e a natureza alimenta a poética visual de Camila Boranga. Suas imagens têm como um de seus principais eixos a conversa entre edifícios e árvores, com a mediação muitas vezes de janelas, que, com ou sem aramados funcionam como um local de passagem entre aquilo que cada um vê e o que sente. A luz pode brotar das casas ou das próprias árvores num caminhar entre o real e o imaginário que enriquece o trabalho por instaurar atmosferas plenas de fantasia. Os edifícios e as árvores ganham status de pessoas a se entender visualmente com o ambiente ao seu redor. O entorno colabora para uma reflexão sobre quem habita esses espaços e o que faz com eles. Em imagens sem seres humanos, é o nosso olhar que perpassa as janelas que dá alma a cidades imaginárias.

Oscar D’Ambrosio