A natureza é uma grande mãe da arte. Estão nela contidas infinitas formas e cores. Penetrar nesse universo é uma autêntica universidade. Muito da construção de um fazer plástico individualizado, com um estilo em construção e aprimoramento constante, pode ocorrer por essa vivência com aquilo que já existe e para o qual muitas vezes não olhamos muitas vezes com a devida atenção. Geraldo Paranhos observa este mundo e, com diversas técnicas, o interpreta, representa e apresenta. Chama particularmente a atenção como trata as tonalidades e as verticalidades. Surgem cores insuspeitadas e veias que parecem se alçar aos céus, como braços em busca do divino que, em parte, está também dentro de cada um de nós. Olhar suas obras inspiradas na Mata Atlântica é uma forma de permitir esse desabrochar.
Oscar D’Ambrosio