A circularidade da natureza é fascinante. Os tempos das estações e a dinâmica da vida das plantas apontam para isso cotidianamente. Mai Hirashima, de Tóquio, Japão, em “Spinning the World” (“Girando o Mundo”, em tradução livre), obra realizada com a técnica conhecida como salt water, traz uma visão em que pássaros e peixes estabelecem um círculo infinito de movimento da natureza em um idílico cenário, complementado pelos líricos reflexos da lua que surgem sobre a água parada abaixo de um céu repleto de nuvens e estrelas. Temos assim uma composição harmônica que parece apontar para a possibilidade de uma existência igualmente regida pelo equilíbrio das energias e pela capacidade de cada artista, em particular, e do ser humano, de modo geral, poder se relacionar melhor ao mundo que integra.
Oscar D’Ambrosio