A campanha Outubro Rosa vem ganhando cada vez maior visibilidade com uma série de ações voltadas para a saúde da mulher. “Analogia de Vidas II”, o trabalho de Ivone Teixeira Carvalho que acompanha este post, traz uma série de símbolos relacionados justamente com a feminilidade da mulher e a sua capacidade de gerar vidas e de se manter saudável.
Se o cabelo solto indica tradicionalmente a feminilidade e a sensualidade, o ventre que gera vidas e o seio que as alimenta surgem como índices essenciais da necessidade de a mulher se preservar para manter a própria vida e também das futuras gerações em suas caminhadas existenciais pelas veredas de uma sociedade em que o preconceito ainda é muito forte.
A cadeia do DNA e a borboleta estão conectadas entre si por serem duas metáforas da vida. Por um lado, temos a decodificação do enigma biológico de nossas pegadas no planeta; por outro, o inseto aponta para transformação e a vida, sendo considerado um tradicional símbolo do renascimento, pois é no casulo que se forma e se fortalece para enfrentar um novo mundo.
O fascínio da imagem é reforçado pelas janelas ao fundo, que apontam justamente também para essa passagem do ventre da mãe ou do estado de lagarta para a plenitude da luz da vida. Para que esse ciclo vivencial em que a mulher tem um papel essencial se realize, a saúde tem que estar em primeiro lugar sempre.
Oscar D’Ambrosio (@oscardambrosioinsta) é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus.