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Tangerina

Tangerina
01/09/2020

A visualidade vem ganhando progressiva importância no universo educacional. Muitas vezes, isso é levado adiante de uma maneira realista, deixando de lado que a arte é, de fato, uma das maneiras mais ricas de conhecer o que chamamos de realidade. Como a arte interpreta o mundo, partir dela para dialogar com o entorno é uma experiência de uma riqueza ímpar.

Ocorre justamente isso quando observamos o trabalho “Tangerina”, de Maria Tereza Braz, que, sob um fundo verde, nos mostra, a fruta isolada, à esquerda; e a sua árvore, à direita. Nativa da Ásia, a tangerina (Citrus reticulata), tem muitos nomes: mexerica, laranja-mimosa, mandarina, fuxiqueira, poncã, manjerica, laranja-cravo, mimosa, bergamota e clementina.

O nome “tangerina” vem de “laranja tangerina”, ou seja, "laranja de Tânger", região do noroeste da África. A fruta foi levada para a Europa pelos ingleses em 1805 e teria chegado ao Brasil, trazida pelos portugueses, em 1892. Cítricas de cor alaranjada e sabor adocicado, ela provém de uma árvore de porte mediano, com flores brancas e aromáticas.

No aspecto nutricional, a tangerina é possui concentrações elevadas de vitaminas A, B1, B2 e C, Niacina, cálcio e fósforo, podendo ser usada para fazer suco, doces e geleias. Ou seja, a partir da imagem de Maria Tereza Braz mergulhamos em um universo multidisciplinar. Que toda aula possa ser assim, desvendando o mundo a partir de imagens!

Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br