Devido ao seu poder regenerador, o fogo, em diversas culturas, é associado à essência da vida. Nesse sentido, as obras de Bruno Portella (@portmanilustra) falam diretamente com a alma do observador, pois seus trabalhos buscam justamente o espírito do flamejar, ou seja, expressam a energia de sentimentos que provém de dentro para fora do artista.
O artista apresenta uma pintura caracterizada pelo movimento interior de uma chama divina. Se o mítico titã Prometeu roubou dos deuses do Monte Olimpo o fogo que simbolizava a inteligência divina, o artista, com seus tons quentes e dinamismo da espátula coloca sua mente e sua alma a serviço da expressão.
As pinturas de Bruno Portella apresentam uma energia vital que resulta numa transformação permanente de quem faz o trabalho e de quem aprecia. O artista e o público se alimentam dessa mesma chama que transforma e desenvolve o espírito em direção a uma maior sensibilidade. Assim, suas obras ardem como metáforas de contínuas transformações íntimas.
Trata-se de uma pintura que evoca um desenvolvimento espiritual e um aperfeiçoamento do artista como indivíduo e como criador. Na Roma antiga, os sacerdotes mantinham uma chama sempre acesa como forma de assegurar bons presságios. Analogamente, a pintura de Bruno Portella permite que a chama interior de quem faz e de quem vê brilhe cada vez mais forte.
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Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br