Quando o gim encontra o café
Você sabia que gim e café podem conviver juntos? Isso não ocorre apenas no ato de beber, mas também no quadro da artista plástica Rosângela Politano, de Socorro, SP. A sua obra é uma demonstração de como a arte tem a capacidade de superar, para nosso deleite, todo tipo de barreira de espaço e de tempo.
Bebida destilada à base de cereais, o gim passa por um processo de infusão com bagas de zimbro produzidas por coníferas do gênero Juniperus, arbustos e árvores de médio porte, bastante comuns no Hemisfério Norte e também na América Central. Essas árvores aparecem do lado esquerdo da imagem, no processo de colheita das bagas.
Já do lado direito, homens e mulheres estão junto a uma plantação de café. É a partir de suas sementes que se prepara a célebre bebida, hábito de consumo brasileiro. E como não lembrar que os cafezais dos Estados de Minas Gerais e São Paulo estão profundamente ligados à nossa história social e econômica?
Se gim e café podem ser combinados no ato de beber, o mesmo ocorre na arte. As plantações de zimbro e café ocupam uma mesma alameda, numa atmosfera harmoniosa entre trabalhadores e meio ambiente. Tudo culmina na imagem central, onde as mesclas adequadas são realizadas para deleite de quem consome o prazer que o gim e o café podem propiciar.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br
