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O Van Gogh feliz: vida e obra de Ranchinho de Assis

Ele não reunia em si as qualidades recorrentes de uma pessoa sociável. Com uma deficiência mental não totalmente diagnosticada, Sebastião Theodoro Paulino da Silva sofria forte discriminação da comunidade onde vivia, na cidade de Assis, interior de São Paulo. Mas Ranchinho de Assis, como era conhecido, escondia em seus modos pouco convencionais um grande talento para pintura. Em O Van Gogh Feliz – vida e obra do pintor Ranchinho de Assis, lançamento da Editora Unesp, Oscar D’Ambrosio se propõe a estudar a vida e a trajetória artística deste personagem renegado pela sociedade. Em sua obra, D’Ambrosio critica a abordagem com a qual as telas de Ranchinho de Assis eram analisadas. Em 1970, após a publicação de uma matéria na revista Veja sobre o pintor, Ranchinho de Assis passou a ser rotulado de artista excêntrico. Para o autor, a alcunha recebida contaminou a visão do público, que se tornou incapaz de analisar a produção do pintor sob a ótica da essência estética.