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Cândido Oliveira

Cândido Oliveira

Em busca da perfeição

O dever de todo artista plástico é buscar constantemente atingir o melhor resultado possível com o próprio trabalho. Isso significa dar o máximo de si em cada tela, aprimorando-se no estabelecimento de novas referências para a sua jornada visual ou oferecendo um aprofundamento técnico dos caminhos já traçados.
  Essa jornada pela perfeição surge de maneira marcante na obra de Edmilson Cândido Oliveira, nascido em Pesqueira, Pernambuco, em 23 de julho de 1961. Amante do desenho desde a infância, mudou-se para São Paulo em 1975. O artista encontrou, na capital paulista, condições de aperfeiçoar o seu trabalho, seja, inicialmente, de forma autodidata, ou, mais tarde, com pintores como José Ismael e Gilberto Geraldo e com outros do chamado estilo acadêmico.
Isso sem contar a oportunidade de visitas freqüentes aos mestres expostos na Pinacoteca do Estado. Embora pinte diversos temas, como florais, cenas árabes e paisagens de Paris do final do século XIX e início do passado, é no retratar a figura humana que seu trabalho ganha mais força, principalmente pelo poder de desnudar perfis psicológicos com suas pinceladas bem colocadas e efeito de luz.
Premiado com a Grande Medalha de Ouro no 53° Salão Paulista de Belas Artes, em 2002, justamente com o Retrato de Odair Benatti, o artista tem, em cenas de São Paulo antigo e de personagens representativos da cidade, como homens e mulheres com feições italianas, um rico universo a explorar plasticamente.
  Percorrendo as veredas do caminho árduo da vida de artista, Cândido Oliveira precisa, para se renovar continuamente e alcançar o lugar que lhe cabe entre os artistas do gênero, impor a si mesmo alguns desafios. Isso inclui a individual caminhada de estabelecer com seus trabalhos um enlace afetivo e técnico cada vez maior, podendo assim dar plena vazão ao potencial de seu talento e ao seu amor pela arte de pintar.