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Sociedade dos Poetas Mortos

Em defesa da educação
Sociedade dos Poetas Mortos
10/09/2018

E não é que a campanha presidencial já começou? E não é que todos falam de educação? E não é que todos parecem não saber muito bem do que estão falando sobre o assunto? Talvez pudessem assistir, como lição de casa, o filme ‘Dead Poets Society’ (‘Sociedade dos Poetas Mortos’, de 1989, dirigido por Peter Weir.

O drama tem como protagonista um professor de poesia (Robin William, em um de seus mais marcantes papeis) em uma escola de jovens regida por valores tradicionais e conservadores alicerçados em quatro pilares: tradição, honra, disciplina e excelência. O docente não se põe a eles, mas os coloca em uma nova perspectiva.

Estimula cada indivíduo a perseguir de maneira incessante a própria paixão, para tonar a própria vida extraordinária. Isso demanda atingir o equilíbrio entre opor-se ao que se condena e construir o que se de almeja. Henry David Thoreau, Walt Whitman e Byron são alguns dos autores citados nessa procura.

Duas cenas são marcantes. A do professor estimulando os alunos a subirem nas mesas para ver o mundo sob uma nova perspectiva e a explicação do lema da Sociedade, o Carpe Diem, ou seja, "Aproveite o Dia", porque a existência dura pouco e deve ser usufruída intensamente. Será que os candidatos viram o filme?

Oscar D'Ambrosio, mestre em Artes Visuais, é doutor em Educação, Arte e História da Cultura.